Não sou daquelas pessoas que idolatram Paulo Coelho como um grande autor, muito menos adoto o discurso intelectóide de que o que ele escreve não é literatura. Tanto que até hoje li apenas um livro dele, O Alquimista, e gostei. Mas também por enquanto não me interessei por ler nenhum outro livro dele.
Estava lembrando do livro no dia que escrevi este texto. Da história dele.
Ele faz referências veladas ao chamado caminho de Santiago de Compostela, contando a história de um pastor que partira da Espanha, dos montes da Andaluzia impulsionado por um sonho que teve com um tesouro, o que o leva por uma longa viagem até o Egito - onde descobre que o tesouro sempre esteve enterrado nos montes da Andaluzia, exatamente no local onde ele o havia sonhado. Embora o objetivo central do enredo seja justamente fazer uma metáfora sobre o processo de auto-conhecimento, acho que a história se presta também a outras reflexões. Justamente as que eu estava tendo enquanto escrevia este texto.
O ser humano, de modo geral, é alguém que sonha. Idealiza. Tem fé. Por vezes, entretanto, passa à incredulidade. Ceticismo. Desgosto. Às vezes ainda, por exigir tanto de si mesmo e dos outros, deixa de perceber que a felicidade está bem ali, ao lado, sendo oferecida, mas pensa demais, analisa demais, perde tempo julgando as possibilidades, os limites. Precisa da longa viagem ao Egito para perceber que o tesouro está ali, na Andaluzia, aos seus pés. Não que seja interessante jogar-se indiscriminadamente às emoções que sentimos, pelo contrário. A razão é sempre aquela que impede nossa alma de alçar vôos maiores do que ela pode suportar. Mas como é comum a gente não se permitir ser feliz por medo de repetir velhos erros, ou achar que histórias perfeitas não existem. Está certo, elas não existem mesmo, mas quando a gente quer, podemos chegar muito próximo do final feliz que idealizamos, ou que nos emociona no final da sessão do cinema.
Eu, pelo menos, espero nunca perder essa convicção. Não quero acreditar que a vida nos torna mais duros, menos exigentes. Nos torna mais flexíveis, mas isso não precisa ser sinônimo de menos sonhadores. No final das contas, vale a frase feita:
"As pessoas que vencem neste mundo, são as que procuram as circunstâncias de que precisam e quando não as encontram, as criam".
Difícil? Bem mais fácil do que transformar metal em ouro como queriam os antigos alquimistas...
Estava lembrando do livro no dia que escrevi este texto. Da história dele.
Ele faz referências veladas ao chamado caminho de Santiago de Compostela, contando a história de um pastor que partira da Espanha, dos montes da Andaluzia impulsionado por um sonho que teve com um tesouro, o que o leva por uma longa viagem até o Egito - onde descobre que o tesouro sempre esteve enterrado nos montes da Andaluzia, exatamente no local onde ele o havia sonhado. Embora o objetivo central do enredo seja justamente fazer uma metáfora sobre o processo de auto-conhecimento, acho que a história se presta também a outras reflexões. Justamente as que eu estava tendo enquanto escrevia este texto.
O ser humano, de modo geral, é alguém que sonha. Idealiza. Tem fé. Por vezes, entretanto, passa à incredulidade. Ceticismo. Desgosto. Às vezes ainda, por exigir tanto de si mesmo e dos outros, deixa de perceber que a felicidade está bem ali, ao lado, sendo oferecida, mas pensa demais, analisa demais, perde tempo julgando as possibilidades, os limites. Precisa da longa viagem ao Egito para perceber que o tesouro está ali, na Andaluzia, aos seus pés. Não que seja interessante jogar-se indiscriminadamente às emoções que sentimos, pelo contrário. A razão é sempre aquela que impede nossa alma de alçar vôos maiores do que ela pode suportar. Mas como é comum a gente não se permitir ser feliz por medo de repetir velhos erros, ou achar que histórias perfeitas não existem. Está certo, elas não existem mesmo, mas quando a gente quer, podemos chegar muito próximo do final feliz que idealizamos, ou que nos emociona no final da sessão do cinema.
Eu, pelo menos, espero nunca perder essa convicção. Não quero acreditar que a vida nos torna mais duros, menos exigentes. Nos torna mais flexíveis, mas isso não precisa ser sinônimo de menos sonhadores. No final das contas, vale a frase feita:
"As pessoas que vencem neste mundo, são as que procuram as circunstâncias de que precisam e quando não as encontram, as criam".
Difícil? Bem mais fácil do que transformar metal em ouro como queriam os antigos alquimistas...