tag:blogger.com,1999:blog-30095872236986596482024-03-19T15:10:29.300-03:00Daniel's Blog - Histórias, memórias e textos...Daniel Phttp://www.blogger.com/profile/11525340027647090757noreply@blogger.comBlogger71125tag:blogger.com,1999:blog-3009587223698659648.post-51908655301845081892011-12-08T01:02:00.000-02:002011-12-08T01:02:17.531-02:00É pura paixão (não insônia!)<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 11.0pt;">Hoje, como tantos outros dias que tem acontecido por estes tempos, estou aqui exausto, sentado na cama com o notebook ao colo. Cansado, mas com a cabeça pensando e planejando tantas coisas ao mesmo tempo a ponto de não conseguir dormir. Depois de um belo banho, em meio a este turbilhão, decidi parar, e escrever como tanto gosto. Porque hoje é mais um daqueles dias que vejo que minha vida é movida por paixão. A paixão é que me move. A paixão é que me guia, me faz isso aqui que eu sou. Mesmo com as olheiras permanentes das últimas semanas, com tanto trabalho, mesmo com todas as incertezas das coisas que ainda precisam ser feitas, minha vida, ah, minha vida é pura paixão. E, assim, apaixonado por tudo que sou e ainda quero ser, por tudo que acredito e luto, por tudo e por todos que alimentam minha paixão, eu sigo. Cada dia tem sempre que ser desafiador, porque é apaixonante, quando queremos que ele assim seja. Tudo vale a pena. E vale tanto, a ponto de, agora sim, o sono vindo, pelo menos publicar este texto.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 11.0pt;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 11.0pt;"><br />
</span></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg10ZJ7IcBL5W0Pk8VuvDMj5JTJ2I6RgWyVReCyuJwt_lEAJuJ0ITOghLBp-dXAciuB0OQKRtk_Tdue2Xy3aFU-huOkJ4Son2vOtYcioojCYGXyuLPxXUWrOM5aUFLfxgMXzMEA6E1zcExU/s1600/clock.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><img border="0" height="203" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg10ZJ7IcBL5W0Pk8VuvDMj5JTJ2I6RgWyVReCyuJwt_lEAJuJ0ITOghLBp-dXAciuB0OQKRtk_Tdue2Xy3aFU-huOkJ4Son2vOtYcioojCYGXyuLPxXUWrOM5aUFLfxgMXzMEA6E1zcExU/s320/clock.jpg" width="320" /></span></a></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;">Uma da manhã. Vamos lá que não às seis como na foto, mas sete e quinze estou de pé.</span></div>Daniel Phttp://www.blogger.com/profile/11525340027647090757noreply@blogger.com12Caxias do Sul - RS, Brasil-29.1678244 -51.179382999999973-29.4422644 -51.432079499999972 -28.893384400000002 -50.926686499999974tag:blogger.com,1999:blog-3009587223698659648.post-68432843798677932782011-10-25T18:48:00.000-02:002011-10-25T18:48:23.172-02:00O melhor de mimHoje me peguei pensando em quais dos textos que escrevi aqui são meus favoritos. Tentei fazer uma lista. Ficou grande, mas lá vai: Cliquem sobre os títulos para ler.<br />
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<a href="http://danieltpblog.blogspot.com/2009/05/saudade-que-traz-alegria.html">Saudade não dói</a><br />
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<a href="http://danieltpblog.blogspot.com/2010/04/em-busca-da-coxinha-perfeita.html">"Em busca da coxinha perfeita"</a><br />
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<a href="http://danieltpblog.blogspot.com/2009/02/do-que-voce-tem-medo-de-si-proprio.html">Do que você tem medo? de si próprio?</a><br />
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<a href="http://danieltpblog.blogspot.com/2010/10/sorrisos.html">Sorrisos</a><br />
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<a href="http://danieltpblog.blogspot.com/2009/06/abrir-ou-nao-abrir-caixa-de-pandora.html">Abrir ou não a caixa de Pandora?</a><br />
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<a href="http://danieltpblog.blogspot.com/2009/02/voce-nao-e-um-super-heroi-daniel.html">"Você não é um super-herói, Daniel"</a>Daniel Phttp://www.blogger.com/profile/11525340027647090757noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3009587223698659648.post-29379813089911563702011-08-08T21:46:00.000-03:002011-08-08T21:46:28.981-03:00Texto antigo de 2009<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #737373; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><span style="font-size: 13px;"><span style="font-family: verdana;">Texto antigo que escrevi em 2009, mas que é um dos meus preferidos deste blog. Para quem ainda não tinha lido, lá vai.</span></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #737373; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><span style="font-size: 13px;"><span style="font-family: verdana;"><br />
</span></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #737373; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><span style="font-size: 13px;"><span style="font-family: verdana;">VISCERAL</span></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #737373; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><span style="font-size: 13px;"><span style="font-family: verdana;"><br />
</span></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #737373; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><span style="font-size: 13px;"><span style="font-family: verdana;">Uma coisa que eu já notei ao longo desses 18, 19 meses em que eu escrevo em blogs é a forma como as pessoas reagem a determinados textos. Na maior parte das vezes, os leitores se impressionam mais com posts onde abordo pensamentos meus, ou ideias sobre o comportamento humano. Acho que porque pondero e falo aquilo que muitos pensam ou gostariam de dizer, mas nem sempre encontram palavras ou a coragem para se expor assim, tão abertamente. Falar o que sentimos ou guardamos dentro de nós para outras pessoas não é uma tarefa fácil, exige respeito com as nossas verdades (que nem sempre são absolutas), sabedoria para saber usar as palavras certas, na hora certa, prudência para não causar mágoas e principalmente determinação para saber arcar com as conseqüências. Sim, porque se pensamos e agimos de determinada forma, temos que saber assumir essas nossas posturas perante os outros. </span></span><br />
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<span style="font-size: 13px;"><span style="font-family: verdana;">Longe de eu ser pretensioso em achar que posso ter todo esse discernimento para agir ou usar as palavras, pelo contrário. Tenho qualidades e defeitos como qualquer um, mas não tenho medo de assumi-los e com isso tentar me tornar uma pessoa melhor, comigo mesmo e com as pessoas que eu amo. Ainda assim, falo, falo, falo... e escrevo. <span style="font-weight: bold;">Como eu gosto de escrever o que sinto e vejo nesse mundo!!! Escrevo porque corre em mim essa vontade imensa de me transbordar através das palavras.</span> Não quero me limitar ao prático, ao conveniente. Facilitaria meu convívio com as pessoas, mas não seria eu, Daniel. Porque sou assim, intenso, visceral, apaixonado, passional que deixo aqui registrado as coisas que vocês leem. Porque assim é a vida também. Intensa. Basta a gente não ter medo de assumir o que pensamos, o que fazemos, o que desejamos, o que nos incomoda ou nos alegra.</span></span></span>Daniel Phttp://www.blogger.com/profile/11525340027647090757noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3009587223698659648.post-74490262265400557962010-10-14T16:01:00.003-03:002010-10-14T16:02:38.973-03:00Orgulho e preconceito<div class="MsoNormal" style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Existem certos sentimentos que convivem muito próximos, perigosamente separados uma linha muito tênue.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Orgulho e preconceito são dois conceitos que, por exemplo, volta e meia se confundem. Orgulho, no sentido positivo da palavra, é bom, nos engrandece, nos traz satisfação conosco mesmos ou com algo que fazemos, conquistamos ou admiramos. Porém, é muito fácil, e por isso tão perigoso, acharmos que nosso orgulho sirva como um instrumento de diferenciação social. E aí o orgulho toma a conotação negativa que tem, e geralmente vira preconceito: puro, simples e condenável, sob qualquer espécie.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Considero-me um bom observador, no sentido de que gosto muito de “ler” situações e pessoas, em circunstâncias específicas. Existem certas situações que são sintomáticas de orgulho e preconceito. Pequenas, grandes, veladas ou escachadas. Por exemplo, aqui no sul do Brasil onde vivo existe um grande orgulho – do qual compartilho - da nossa história, das nossas iniciativas e posições como povo. Algo que desperta admiração não só entre nós, mas também de muitos que nos percebem orgulhosos de nossas raízes. Ocorre que muitos não têm orgulho do povo que somos, mas do povo que seríamos comparativamente a outros. Como se houvesse um manual do “melhor” e do “pior” de como definir-se como ser humano, em se tratando de relações sociais, laborais ou comportamentais. Como se essa condição de orgulho não enaltecesse nossas qualidades, mas nos diferenciasse, no sentido sectário do “diferente”. E daí, volta e meia, advém vários conceitos prontos que na boca das pessoas soam como verdades incontestáveis e que na verdade são preconceitos sem nenhuma validade prática.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Outra situação bem comum se dá em determinadas situações sociais. Várias vezes presenciei cenas onde uma pretensa “classe”, “bom gosto” e “requinte” me são, veladamente, sugeridas como uma forma de diferenciação, auto-promoção, ou, se preferirem, de orgulho - no mau sentido da expressão. Se essas pessoas soubessem que nesses momentos sempre contenho um sorriso irônico de absoluta indiferença àquilo, talvez não me tivessem em tão alta conta. Educação e classe para mim não respeitam segmentação financeira, mas são claramente diferenciadas pela postura e caráter das pessoas. Talvez por isso quem me conheça bem saiba (ou estranhe) que eu dou a mesma atenção social para um funcionário empoeirado ou uma dama da sociedade X ou Y jantando comigo.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">Resumindo, orgulho só é bom quando não acusa nossas próprias vaidades. Caso contrário, é ostentação, soberba...ou preconceito.</span></div>Daniel Phttp://www.blogger.com/profile/11525340027647090757noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-3009587223698659648.post-87453499921474439342010-10-09T00:35:00.001-03:002010-10-09T00:37:05.604-03:00Sorrisos<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Às vezes um sorriso leve tem um poder bem maior do que qualquer argumento técnico. Ok, não é bem assim sempre, mas a verdade é que as pessoas não percebem que toda sua qualificação profissional ou pessoal tem melhor resultado quando você a aplica com alegria, com a satisfação serena de quem confia em si próprio e nas suas escolhas de vida.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><br />
</span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Atualmente, tenho passado por um momento profissional bastante conturbado, com um volume de trabalho que deixaria qualquer um louco. Pois algumas semanas atrás saí de uma reunião de trabalho e a pessoa que estava debatendo questões muito difíceis de serem resolvidas ressaltou a tranqüilidade e a segurança que eu aparentava frente à situação. E era, de fato, verdade. Não sei se é ingenuidade minha, ou mesmo despreocupação exagerada, mas o fato é que estou sempre tentando olhar os desafios da vida de forma positiva. Não se enganem, também tenho meus momentos de estresse, desilusão, arrependimento. Mas não deixo esses sentimentos se transformarem, na maioria das vezes, em uma angústia ou ansiedade desesperada. Acreditem, faz muito bem viver a vida propositivamente. Se você age ou vive tenso, perturbado, isso reflete não somente em você, mas também nos outros. E, como dizem os sociólogos ou antropólogos, todos nós somos, no limite das nossas consciências e das nossas relações sociais, não somente o que somos de fato, mas também o que deixamos transparecer para as pessoas.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><br />
</span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Considero-me uma pessoa privilegiada, pelo fato de que esse tipo de comportamento, no final das contas, faz bem não somente a mim, mas ao que parece também para pessoas à minha volta. Pelo menos tenho essa impressão, não sei se justamente por causa ou por conseqüência disso. É um sentimento bom, recompensador. E são de sentimentos bons que precisamos nas nossas vidas, apesar de todas as inevitáveis dificuldades.</span></span><o:p></o:p></div>Daniel Phttp://www.blogger.com/profile/11525340027647090757noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3009587223698659648.post-35827913428993820762010-09-30T13:48:00.001-03:002010-09-30T13:48:57.598-03:00Onde está o problema?<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 10pt;">Essa semana, às vésperas da eleição que decide nosso futuro nos próximos quatro anos, decidi vir aqui escrever sobre o que tenho visto, lido e ouvido. Ao que tudo indica, Lula será o grande vitorioso desta eleição, não só pela popularidade do seu governo, mas também pela sua declarada intenção de tornar essa eleição plebiscitária – concorde-se ou não com a estratégia. Em meio a tudo isso, jornais, telejornais e outros veículos de mídia se retorcem em teorias e debates tentando explicar como um governo tão bombardeado com supostos indícios de corrupção e tráfico de influência consegue fazer seu sucessor, aparentemente estupefatos pela sociedade não reverter essa situação votando na oposição. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 10pt;">Causa-me um misto de espanto e curiosidade perceber que em nenhum momento as pessoas “indignadas” e os meios de comunicação deixam de tentar buscar explicações na máquina do governo, no Lula, no “voto dos pobres” etc, e não na principal causa de fato: a total ausência de alternativas na oposição, frente ao que o Brasil parece ter consolidado como seu desejo enquanto nação. Marina Silva, tal qual Cristovam Buarque na eleição anterior e tantos outros que já apareceram ou ainda aparecerão, serão sempre a opção bem intencionada, íntegra, por vezes até “cult”. Mas a sociedade já amadureceu suficientemente para perceber que boas intenções de nada servem sem sustentação política e projetos administrativos viáveis. Resta a opção que parte da classe média emergente e/ou conservadora e setores da grande mídia tentam empurrar goela abaixo como única alternativa viável: o PSDB. Acontece que as pessoas não perceberam que o modelo de governo proposto pelo PSDB não é, na conjuntura atual do país, aquela que vai ao encontro dos anseios da grande maioria da sociedade. José Serra está longe de ser uma pessoa reacionária e conservadora, pelo contrário, até acredito que ele tenha sido de fato um bom administrador em São Paulo. Mas o modelo de condução e de desenvolvimento de país que ele propõe, bem como qualquer outro do grupo de pessoas que o apóiam, repito, não representa o que o Brasil precisa agora – e pelo que dizem as pesquisas, o que o Brasil parece querer, de fato. O discurso social da oposição soa “fake”, não convence nem atrai o eleitorado, uma vez que esse grupo de oposição sempre foi contra o modelo de desenvolvimento social proposto pelo governo Lula; e o viés tecnocrático da proposta do PSDB não empolga ninguém além do Reinaldo Azevedo e de outros colunistas da Veja. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 10pt;">A única esperança de um governo de oposição, a meu ver, alcançar o poder no Brasil em curto prazo reside na criação de um modelo alternativo de governo ao PT, mas não esse hoje proposto pelo PSDB. Um programa que aceite, de fato, a necessidade de viés social de uma administração pública. O problema é que as pessoas que hoje são oposição ao Lula e seu governo parecem não querer rever seus conceitos. Nesse caso, estão fadados a um retumbante fracasso, como o que parece se configurar.<o:p></o:p></span></div>Daniel Phttp://www.blogger.com/profile/11525340027647090757noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3009587223698659648.post-27353715634376925572010-08-04T00:19:00.002-03:002010-08-04T00:57:52.002-03:00Soberba ou ignorância<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6LkgHxVppa4Usn-SFJ4ub6qbf67t9jaGcnZ1ckoKiYxwTMKAYga7o93CrU7lKdWf9vvZfwvyCXEW_A9zSAQ4ycrqSvWaMCafkStU-_jmeNKqj7pgSJzCrG7AyyoDICZDBecCfRNVOE9oQ/s1600/ignorancia.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6LkgHxVppa4Usn-SFJ4ub6qbf67t9jaGcnZ1ckoKiYxwTMKAYga7o93CrU7lKdWf9vvZfwvyCXEW_A9zSAQ4ycrqSvWaMCafkStU-_jmeNKqj7pgSJzCrG7AyyoDICZDBecCfRNVOE9oQ/s320/ignorancia.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5501393866748041650" border="0" /></a><span style="font-size:100%;"><span style="font-family: verdana;">Tem coisas que me deixam meio revoltado. Independentemente desse meu desejo de mudar o mundo, certas coisas vão contra a visão que eu tenho da humanidade e do que espero dela, e do que ela deveria esperar de mim. Por essa razão me debato contra certos discursos indutivistas ou mesmo vazios. Discursos "competentes". Tenho sérias restrições, por exemplo, sobre determinados argumentos que dizem que a meritocracia é inquestionável para medir as pessoas, desconsiderando a realidade do nosso país. Pois bem, hoje decidi tira a poeira do blog pensando nisso e depois de ter lido, na segunda feira, uma ótima coluna do Juremir Machado da Silva, e que me permito reproduzir aqui no blog. Genial. E boa para reflexão. O original pode ser lido <a href="http://www.correiodopovo.com.br/Impresso/?Ano=115&Numero=306&Caderno=0&Editoria=120&Noticia=176609">aqui</a>.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">NO CARTEIRAÇO - Juremir Machado da Silva</span><br /><br /></span><span style="font-family: verdana;">-A Internet é muito ruim para a democracia.</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">- Acho o contrário.</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">- Viste!?</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">- O quê?</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">- Agora todo mundo acha que pode dizer o que acha.</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">- Acho isso ótimo.</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">- Aí é que está o problema.</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">- É mesmo? Qual é o problema?</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">- Tu não és especialista.</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">- A democracia, meu caro, é o regime do melhor argumento, não o regime dos especialistas. A Internet quebra o "monopólio da fala". Antes da Internet, só alguns tinham direito à expressão. O controle da emissão eliminava o contraditório não autorizado. Acabou a moleza. Agora, os especialistas são obrigados a argumentar com todo mundo, na esfera pública, sem redomas, e provar que seus argumentos são mais do que meros discursos de autoridade.</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">- Como podes saber disso? Tu não és especialista.</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">- Se estivéssemos de acordo nesse assunto, meu velho, tu não me acusarias de não ser especialista.</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">- Só deve opinar sobre algo quem sabe.</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">- E só sabe quem não discorda dos teus interesses.</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">- Eu conheço o meu ramo.</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">- Dá para se tornar especialista em certos assuntos com 15 minutos de leitura. Em outros, precisa uma tarde. Em boa parte, basta um mês de boas leituras. Na maioria, só é necessário ler jornais, revistas, livros e ter dois neurônios funcionando todo dia.</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">- Viste?!</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">- O quê?</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">- A Internet é um perigo para a democracia. Qualquer um acha que pode discutir com os especialistas.</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">- E quando um especialista discorda de ti?</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">- Tem especialista que não entende nada.</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">- Mas não é um especialista?</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">- Especialista em teoria. Gente que desconhece a realidade. Ou especialista por ideologia barata.</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">- Como podes saber? Vejamos o caso do aquecimento global. Tem especialistas que garantem...</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">- Não existe aquecimento global.</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">- Mas alguns especialistas afirmam...</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">- Conversa fiada. Em todo caso, o homem nada tem a ver com isso. O resto é papo furado de ambientalistas.</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">- Como podes ter tanta certeza disso?</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">- Li vários trabalhos de especialistas em jornais, revistas e livros. Sei do que estou falando. Tem muito material especializado sobre isso na Internet.</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">- Eu gosto desse nosso diálogo. Vou escrever...</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">- Tu não podes escrever em diálogos.</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">- Ué! Por que não?</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">- Isso é para quem sabe.</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">- Como é que tu sabes?</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">- Consultei um especialista.</span><br /></span></div>Daniel Phttp://www.blogger.com/profile/11525340027647090757noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3009587223698659648.post-31814974010369610932010-05-26T00:15:00.003-03:002010-05-26T00:27:22.705-03:00Porque uma vida não basta ser vivida, tem de ser sonhada<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPjISLycm9FY60E9A3UwDfrLeU9v0dieieDkUSiuOpZy_msZgU5eWDE0GTEvOarnsO1B3XN4wXBrE9-V_s67LspjHO-aIrFiQMC5j7QbD2_ojWXQD_MzTxUyLcIAsSEXWsONFpM_mUb8A5/s1600/lost1.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5475412952656719986" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPjISLycm9FY60E9A3UwDfrLeU9v0dieieDkUSiuOpZy_msZgU5eWDE0GTEvOarnsO1B3XN4wXBrE9-V_s67LspjHO-aIrFiQMC5j7QbD2_ojWXQD_MzTxUyLcIAsSEXWsONFpM_mUb8A5/s320/lost1.jpg" /></a><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="justify"><span style="FONT-FAMILY: 'Century Gothic'; FONT-SIZE: 11pt"><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:100%;">Então, acabou. Foram 6 anos tensos, intensos, permeados de emoção, angústia, mistérios. Como não me causou surpresa alguma, grande parte dos fãs de LOST acharam que o final da série não correspondeu às expectativas, ou deixou em aberto muitas perguntas. Na contramão destas opiniões, fiquei maravilhado com o que vi nos dois últimos capítulos, que encerraram a saga dos “losties” nesta última semana. O encerramento, com os olhos de Jack fechando-se lentamente são pura arte, quando lembramos que o seriado iniciou-se 6 anos atrás de forma semelhante, com Jack abrindo os olhos em meio ao acidente de avião que o colocou na misteriosa ilha. </span></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="justify"><span style="FONT-FAMILY: 'Century Gothic'; FONT-SIZE: 11pt"><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:100%;"><?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p></o:p></span></span></span> </p><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="justify"><span style="FONT-FAMILY: 'Century Gothic'; FONT-SIZE: 11pt"><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:100%;">J.J. Abrams, o criador e produtor, foi genial ao sair do lugar comum em todos os momentos da série. E foi assim até o final. Ao nos dar pistas de que não se tratava de uma história pura e simples de acidente de avião. Depois de que não se tratava de mistérios de cunho filosófico ou transcendental, embora desde nomes de personagens até estátuas nos remetessem a tais indagações. Por fim, nem mesmo as divagações do meu amigo Ricardo do blog <a href="http://artigolandia.blogspot.com/2009/06/o-bem-x-mal-por-jjabrams.html">Artigolândia</a> sobre bem X mal, tampouco minhas suspeitas <a href="http://danieltpblog.blogspot.com/2009/05/uma-questao-de-fe.html">sobre fé </a>eram o foco. Ou talvez fossem, no fundo, ambas as coisas. Mas não o bem X o mal representados em duas pessoas, ou a fé em algo místico. A sexta temporada foi uma reflexão sobre o bem X o mal que existem em cada um de nós, e a fé<span style="mso-spacerun: yes"> </span>em nós mesmos, e nas conseqüências de nossas decisões.<o:p></o:p></span></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="justify"><span style="FONT-FAMILY: 'Century Gothic'; FONT-SIZE: 11pt"><o:p><span style="font-family:verdana;font-size:100%;"> </span></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="justify"><span style="FONT-FAMILY: 'Century Gothic'; FONT-SIZE: 11pt"><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:100%;">E eu não tenho vergonha alguma de confessar que me emocionei com o final do protagonista, Jack Sheppard (dois anos atrás escrevi sobre ele <a href="http://danieltpblog.blogspot.com/2009/02/like-jack-shephard.html">aqui</a>). Nessa nossa sociedade pós-moderna que sempre tem a tendência de enaltecer a figura de um anti-herói, como os personagens de Ben, Sawyer ou Locke, por exemplo, eu sempre me identifiquei com a figura de Jack. O herói atormentado pelo seu senso de dever, aquele que busca incessantemente a redenção do herói mesmo sabendo do sacrifício que está por trás disto.<span style="mso-spacerun: yes"> </span>Foi assim até o final. E mais uma vez J.J. Abrams nos brindou mostrando que às vezes o final mais perfeito ou emocionante não está necessariamente no “felizes para sempre” do casal de protagonistas, mas sim na perfeição dos sentimentos entre as pessoas. <o:p></o:p></span></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="justify"><span style="FONT-FAMILY: 'Century Gothic'; FONT-SIZE: 11pt"><o:p><span style="font-family:verdana;font-size:100%;"> </span></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="justify"><span style="FONT-FAMILY: 'Century Gothic'; FONT-SIZE: 11pt"><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:100%;"><strong>Vou ter saudades de LOST. Não só dos mistérios dos quais todos buscavam respostas, mas da aula de relações humanas da série.<o:p></o:p></strong></span></span></span></p>Daniel Phttp://www.blogger.com/profile/11525340027647090757noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3009587223698659648.post-52523460701450944902010-04-12T02:10:00.003-03:002010-04-12T02:20:51.256-03:00Chega de hipocrisia barata<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJAKAFaBl7UR2VNSXeRSC7OJjsDvAnqozE8UeBQojw1Fplk9IbF9KLQ0M-EXdluneIQseKX0DySonn_jpIjoFfgVWpGkFoSFz6zfgrrf3ssLdArR3lXNxC2M3e_E-tSHuW9tQtWzmbMseo/s1600/dilma_serra.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 177px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5459115022385328082" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJAKAFaBl7UR2VNSXeRSC7OJjsDvAnqozE8UeBQojw1Fplk9IbF9KLQ0M-EXdluneIQseKX0DySonn_jpIjoFfgVWpGkFoSFz6zfgrrf3ssLdArR3lXNxC2M3e_E-tSHuW9tQtWzmbMseo/s320/dilma_serra.jpg" /></a><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: Arial">Como todo ano de eleição, vejo minha caixa de e-mails ficar lotada de correntes, spams e assemelhados tentando “abrir os olhos do povo brasileiro” ou “da sociedade gaúcha”, no caso aqui do Rio Grande do Sul. Sinceramente, independente de quaisquer ideologias ou pontos de vista, qualquer pessoa minimamente inteligente sabe tratar-se de hipocrisia barata, estimulada via de regra por pessoas sem a isenção necessária.<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: Arial"><o:p> </o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: Arial">Agora, começaram os ataques a José Serra e Dilma Rousseff, dos quais possivelmente <span style="mso-spacerun: yes"> </span>sairá o próximo governante do Brasil. Pois quero compartilhar com vocês minha visão.</span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: Arial"><o:p> </o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: Arial">Pouco me importa se no passado Dilma optou pela luta armada contra o regime ditatorial brasileiro da época ou se Serra era filho de verdureiros. É secundário o fato de Dilma ter sido torturada ou de Serra considerar-se economista sem o devido reconhecimento universitário compatível. Se Serra não tem carisma ou se Dilma é brava, qual a influência disso sobre as políticas públicas de ambos? Tanto Serra como Dilma são pessoas com várias controvérsias em seus passados políticos e suas personalidades, mas não menos do que a maioria de cada um de nós, em outra escala. Não vejo, contudo, nada que desabone tanto um em detrimento de outro em termos de retidão de conduta ou história pessoal pregressa. É mais ou menos empate técnico, para o bem ou para o mal. O que eu quero, ao contrário, é discutir a visão administrativa de ambos. Aliás, não deles, mas de tudo e todos que os apóiam.<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: Arial"><o:p> </o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: Arial">Interessa-me sim discutir por que o MST esqueceu sua função social e se é comandado por homens das cavernas que perderam o bonde da história. Mas também por que as elites sócio-políticas paulistanas e cariocas mesmo com orçamentos bilionários em seus Estados não se interessaram em impedir o caos urbano e social que suas cidades hoje vivenciam. Interessa-me discutir alternativas ao assistencialismo puro e simples, mas também a falta de perspectivas imediatas para quem tem 3 ou 4 gerações comprometidas com a miséria e falta de educação.<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: Arial"><o:p> </o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: Arial">Interessa-me discutir políticas públicas, visão de futuro, economia. Comparar gastos públicos, obras, distribuição de renda, questões ligadas aos índices de saúde, emprego e moradia. O que os grupos que defendem um e outro realizaram, e o que ainda podem realizar. Quais governos aumentaram ou diminuíram gastos com ciência & tecnologia, como enfrentam o déficit habitacional brasileiro. E assim por diante.<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: Arial"><o:p> </o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: Arial">Pouco me importa saber se a corrupção começou ou se foi maior com o PT, PMDB, PSDB, DEM... ladrão, corrupção é corrupção em qualquer instância, e cabe aos órgãos competentes julgar e punir, sob a forma da lei. E, nós, nos insurgirmos contra isso através dos meios democráticos, mas não desacreditando as <span style="mso-spacerun: yes"> </span>instituições. Mas isso tudo sem aceitar essa argumentação hipócrita de quem exige lisura e honestidade sem também a ter. Até porque o maior de todos nesse sentido foi governador “caçador de marajás” de Alagoas na década de 80, Fernando Collor de Mello. Bem sabemos o desfecho. <o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: Arial"><o:p> </o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: Arial">Pensem nisso na próxima vez que uma pessoa “esclarecida”<span style="mso-spacerun: yes"> </span>lhe mandar um e-mail que circulou e recirculou 234200 vezes pela internet, escrita por alguém sem a isenção necessária, que você não tem como descobrir quem é, e com dados que muitas vezes você não sabe de onde vieram. Sinceramente, quem acha que o brasileiro médio usuário da internet se deixa influenciar por estes e-mails?<o:p></o:p></span></p>Daniel Phttp://www.blogger.com/profile/11525340027647090757noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3009587223698659648.post-1627867029533919722010-04-06T20:54:00.001-03:002010-04-06T21:05:29.763-03:00Em busca da coxinha perfeita<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkedFSp080bKO4Tuc0qJKdsi2OHKxr84PLP89iXel1LZ0XFCta4rcJxgaHTz6-DJldhs-YcNKCL2swWk-UP4GCs08FAg1kxPNKGFve05x2QtA-qT-QEecPOVZGph87a8AFnYX3pCdpOcrr/s1600/coxih.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5457177669570451074" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkedFSp080bKO4Tuc0qJKdsi2OHKxr84PLP89iXel1LZ0XFCta4rcJxgaHTz6-DJldhs-YcNKCL2swWk-UP4GCs08FAg1kxPNKGFve05x2QtA-qT-QEecPOVZGph87a8AFnYX3pCdpOcrr/s320/coxih.jpg" /></a><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Century Gothic'; FONT-SIZE: 11pt">Queridos amigos, aqui estou de volta ao mundo dos blogs, cheio de gás!! Vamos lá então...<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Century Gothic'; FONT-SIZE: 11pt"><o:p> </o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Century Gothic'; FONT-SIZE: 11pt">Todo mundo tem suas manias. Não passar por baixo de escada, usar sempre um mesmo tipo de roupa em determinada situação, trocar de canal incessantemente na TV... por vezes essas nossas manias nos levam, também, à criação de um hábito, ou a uma<span style="mso-spacerun: yes"> </span>busca permanente por algo. Por exemplo, qual a melhor referência sobre um determinado objeto, ou lugar. Qual a mais bela cidade do mundo? Qual a melhor raça de cachorro para se ter em casa? Qual o melhor filme de todos os tempos?<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Century Gothic'; FONT-SIZE: 11pt"><o:p> </o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Century Gothic'; FONT-SIZE: 11pt">Alguns levam essas suas buscas para o lado da gastronomia. Qual o melhor restaurante japonês da cidade? Onde encontrar o melhor suco? Onde se vende o melhor queijo... Lembro de uma amiga minha que tentava descobrir qual o melhor Petit gateau de Porto Alegre. Pois eu, confesso, tenho uma mania também: vivo em busca da coxinha perfeita. Sabe, aquele salgado frito à base de frango? (Sim, embora aquelas derivadas da costela de Adão também me deixem nas nuvens... valeriam um texto antológico, mas não hoje) <o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Century Gothic'; FONT-SIZE: 11pt"><o:p> </o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Century Gothic'; FONT-SIZE: 11pt">Pois então, eu busco incessantemente a coxinha perfeita. Não consigo entrar em um bar de faculdade, em um restaurante de beira de estrada, em uma padaria ou confeitaria e, tendo a visão daquela especiaria à minha frente, não me deixar levar pelo impulso de prová-la. Sentir a delicadeza da massa. O recheio farto ou escasso, o tempero, o cuidado no desfiar da carne de <span style="mso-spacerun: yes"> </span>frango... Nessa minha busca incessante, já pude provar sabores e consistências únicas, que nenhum outro salgado poderia me proporcionar. Ainda que por vezes tudo que tenha sentido fosse um pedaço de osso perdido no meio da massa ou gordura escorrendo por entre meus dedos.<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Century Gothic'; FONT-SIZE: 11pt"><o:p> </o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Century Gothic'; FONT-SIZE: 11pt">Porque buscar a coxinha perfeita não deixa de ser uma analogia da nossa busca pela auto-realização na vida. Buscamos cheiros e sabores que nos seduzam, massas delicadas por onde nossos lábios possam tocar, temperos que nos surpreendam. Pouco importa as eventuais frituras gordurosas ou recheios indesejados. Ajudam-nos a enaltecer ainda mais as melhores coxinhas que encontramos. Assim como os melhores amigos que construímos ao longo da vida, por exemplo. Ao longo dessa nossa infindável procura pela felicidade, nos lançamos à busca de sensações, e as encontramos nas mais diferentes situações ou momentos. E quer saber qual foi a conclusão a que cheguei? É que não existe a coxinha perfeita. Ou melhor, existem várias. Cada<span style="mso-spacerun: yes"> </span>uma tem história diferente para nos proporcionar. Assim como nossos amores. Não existem amores perfeitos, ou amizades perfeitas, ou famílias perfeitas. Existe aquilo que nos faz bem. Por uma noite, por dias, semanas, décadas, por uma vida inteira. Ou por alguns minutos, sentados à frente de um balcão, entre guardanapos de papel.<o:p></o:p></span></p><br /></div>Daniel Phttp://www.blogger.com/profile/11525340027647090757noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-3009587223698659648.post-50578790883272868482010-01-07T00:00:00.001-02:002010-01-07T00:03:31.084-02:00O que ficou da década - parte 2<div style="text-align: justify; font-family: verdana;"><span style="font-size:100%;">Seguindo a proposta do meu amigo e blogger Ricardo, estou aproveitando esse período de “férias” (para quem?) para fazer uma análise pessoal de fatos relevantes dessa última década. No seu blog Artigolândia ele começa falando de alguns fatos políticos. Sei que uma parte dos leitores daqui não é muito afeita a estas discussões, mas é um tema que eu gosto muito de debater, também. Mas prometo ser tão breve quanto possível.<br /><br /></span><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVeMjzVVtvP98Q5B7RJjPrPVoCHszKY8QM2Aore8m5d_KDFTLOWyYeoreC0u2chNLIxtJTWxkcQViv6mKWC1U014qrPwv-YOwfCNeW6MiwN1IeRFuhlit8dbSdF7-FcbE_TX4fqOoakdeV/s1600-h/torres_11set.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 194px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVeMjzVVtvP98Q5B7RJjPrPVoCHszKY8QM2Aore8m5d_KDFTLOWyYeoreC0u2chNLIxtJTWxkcQViv6mKWC1U014qrPwv-YOwfCNeW6MiwN1IeRFuhlit8dbSdF7-FcbE_TX4fqOoakdeV/s200/torres_11set.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5423812540696633746" border="0" /></a><span style="font-size:100%;"><br />Internacionalmente, não dá para negar que os EUA foram o foco principal. Vindos de uma época de estabilidade com Bill Clinton e ainda absorvendo a primeira década sem Muro de Berlim e sem União Soviética (ou seja, sem guerra fria), a ascensão (duvidosa) do pífio George W. Bush e o ataque às torres gêmeas foram um cartão de visita do clima conservador que foi imposto à America e que alavancou guerras com intenções econômicas travestidas de políticas. Aliás, como a maioria das guerras. E a conseqüência disso foi, como de fato Ricardo <a href="http://artigolandiadorico.blogspot.com/">comentou em seu blog</a>, o início do fenômeno Barack Obama. Confesso: sou fã do Obama. Li um livro sobre ele e já participei de debates no Orkut na época eleitoral. Ele é a “audácia da esperança”, como o livro que ele mesmo escreveu diz. Mas concordo quando dizem que ele é a pessoa certa na hora errada. A missão de curar as cicatrizes de uma administração imbecil como a de Bush e da crise de 2008 são missões inglórias, que talvez nem mesmo seu brilho pessoal possa ajudar a reverter.<br /><br />Por falar em esperança, foi ela que venceu o medo e alavancou Lula à presidência, à despeito da desconfiança de muitos, além da <a href="http://www.youtube.com/watch?v=DEeNSkXn5mY">Regina Duarte</a>. E entramos, assim, no cenário nacional. Diferente do Obama, a vida do nosso presidente foi facilitada por uma meritória estabilidade alcançada por uma administração técnica do seu antecessor, FHC. Mas era preciso mais. Um país com as diferenças e desigualdades como o nosso precisava de mais. Se Lula era a única ou a melhor opção, não sei, mas foi ele que de fato conduziu o país, ajudado ou não por condições favoráveis, a um período de desenvolvimento, com mudanças de paradigmas importantes. De ruim, o fato da nossa política estar cada vez mais desmoralizada nos seus mais diversos escalões, mas que por favor ninguém venha culpar a democracia por isso... políticos são reflexo da sociedade que os elege.<br /><br />Por fim, tenho certeza que o Ricardo gostaria que eu fizesse um contraponto ao que ele chamou de “América Vermelha”, ou seja, o aumento de presidentes de esquerda na América Latina. Eu diria que foi uma conseqüência natural do esgotamento do modelo conservador imposto nos anos 90 na região, e que quase quebrou países como Peru e Argentina. Mas esse cenário atual naturalmente tende a se esgotar também nos países onde não houver competência administrativa e sim populismos exacerbados. Cada um escolhe o quer ser: Chávez ou Lula, Evo ou Bachelet.<br /></span></div>Daniel Phttp://www.blogger.com/profile/11525340027647090757noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3009587223698659648.post-41761626274913818162010-01-05T16:33:00.005-02:002010-01-05T16:47:46.417-02:00O que ficou da década - Parte 1<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5gm1zm8f2Sa-6gv0RCkKXlH0Yb5HOFAnFOBaBO5vPCRu9ArvCWcBGSV-LYLIMTNRZZ3D32C5r_QbeQ3i3sgn4_2RJSW9jj7ZLdlbr9HU3ks2UQCZtHrVYQXXV2Q4ctQXpBI7T6GiPR76s/s1600-h/cloc.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5423327874512817394" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5gm1zm8f2Sa-6gv0RCkKXlH0Yb5HOFAnFOBaBO5vPCRu9ArvCWcBGSV-LYLIMTNRZZ3D32C5r_QbeQ3i3sgn4_2RJSW9jj7ZLdlbr9HU3ks2UQCZtHrVYQXXV2Q4ctQXpBI7T6GiPR76s/s320/cloc.jpg" /></a><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="justify"><span style="font-family:'Century Gothic';"><span style="font-family:verdana;">Meu amigo Ricardo, que possui o blog <a href="http://artigolandiadorico.blogspot.com/">Artigolândia</a>, sugeriu que eu contribuísse com as minhas percepções a respeito da década que está encerrando (tecnicamente os anos 2000 encerram-se somente no final de 2010 e não em 2009, mas enfim...), em um contraponto às visões dele.<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p></o:p></span></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="justify"><span style="font-family:'Century Gothic';"><span style="font-family:verdana;">Ele pediu isso justamente na manhã onde eu estava debruçado escrevendo que não gosto muito de retrospectivas enfadonhas ou melancólicas de réveillon. Tampouco acho que consiga ser intelectualmente categórico interpretando a realidade à minha volta, embora, vocês que me lêem sabem, volta e meia eu também caia nessa armadilha. Por isso, ou apesar disso, vou escrever em cima das minhas idiossincrasias pessoais, daquilo que eu vi e senti nessa última década, sem ter a pretensão de uma imparcialidade descritiva.<o:p></o:p></span></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="justify"><span style="font-family:'Century Gothic';"><span style="font-family:verdana;">Vivi a infância na década de <?xml:namespace prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" /><st1:metricconverter productid="80, a" st="on">80, a</st1:metricconverter> adolescência nos 90 para me firmar como o que sou hoje nesses últimos 10 anos do novo século. Cada década teve suas características, coisas boas e ruins na política, economia, música, artes. Por isso reluto muito quando ouço expressões como “década perdida” ou “década de ouro”. <span style="mso-spacerun: yes"></span>Em que sentido? Em qual âmbito, nacional ou internacional?<o:p></o:p></span></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="justify"><span style="font-family:'Century Gothic';"><span style="font-family:verdana;">Assim, inicio essa série que terá 3 ou 4 partes (vamos ver até onde vai), onde, cada qual em seu blog, Ricardo e eu discutiremos Cultura/Comportamento, Política/economia e o que mais vocês quiserem. Sintam-se convidados a participar.<o:p></o:p></span></span></p>Daniel Phttp://www.blogger.com/profile/11525340027647090757noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3009587223698659648.post-69268481985819109822009-12-25T23:28:00.002-02:002009-12-25T23:50:34.112-02:00Fechando 2009O ano de 2009 fecha com mais de 4900 visitas ao site, uma média de 446/mês desde fevereiro. Ainda que os últimos dois meses tenham sido de poucos textos, fica registrado aqui meu muito obrigado!<br /><br />Agradeço de coração todos que acompanharam o blog. Que eu possa contar com vocês em 2010 também. Obrigado aos amigos que me acompanham (Ricardo, Fernando, Iza, Gabriel, Bruno entre outros)ou ainda os que aparecem esporadicamente. À pessoas que sequer conheço, como Amanda, Clarissa, Maria Só, Nely, Mandy, que tornaram-se leitoras ( e eu dos blogs delas). E de leitores que sequer sei que são, mas que o Google analytics registra a visita, como os leitores de cidades como São Mateus/ES, Belém/PA, Goiânia/GO e Lajeado/RS que não só visitam como permanecem um bom tempo no blog, lendo-o.<br /><br />Um Feliz Natal!Daniel Phttp://www.blogger.com/profile/11525340027647090757noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-3009587223698659648.post-43419492214069475172009-12-17T09:47:00.002-02:002009-12-17T09:56:57.117-02:00Felicidade<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVs9n7AhIT_tewgYVDgTTEjVwBbE8_0a0C70xX5-3ljQp2kR5rObjN1gQV5ynEcb75XZ3zR8X0qrffu5BF8l5HGjloO5nu1YGKSXK4B4YnCedkVgDg-UUrO-DvF0ZOHMmBiDd4CoqDPw0T/s1600-h/megafone2.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 144px; height: 180px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVs9n7AhIT_tewgYVDgTTEjVwBbE8_0a0C70xX5-3ljQp2kR5rObjN1gQV5ynEcb75XZ3zR8X0qrffu5BF8l5HGjloO5nu1YGKSXK4B4YnCedkVgDg-UUrO-DvF0ZOHMmBiDd4CoqDPw0T/s400/megafone2.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5416172026504588002" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify; font-family: verdana;">Felicidade é um estado de espírito que não precisa de divulgação. Você sabe exatamente quando alguém está feliz: seus olhos denunciam, seu ar confiante invade a sala, sua paz interior transborda além de si mesmo. Não por acaso, quando vejo alguém alardear aos quatro cantos da sua própria felicidade, está claro que a pessoa está tentando convencer a si mesma disso, e não a qualquer outro. Lembro de um amigo que semanas antes havia passado por problemas, e volta e meia se pegava falando no caso: “To bem agora, to me sentindo tranqüilo, espírito leve, blá, blá, blá.” Quanto mais ele falava, mais me convencia do contrário. Como comentei antes, era muito mais um processo de convencimento pessoal do que qualquer outra coisa. E como as pessoas sentem necessidade de serem convencidas por si mesmas que estão felizes! E, nessa busca insólita, sofrem sem necessidade, amam exageradamente, materializam a felicidade em sonhos fúteis ou em alegrias efêmeras, e, assim, acordam um dia de manhã com um aperto no peito que não sabem de onde vem, embora a resposta esteja tão próxima quanto óbvia... de fato a felicidade não é um fim, mas um meio.<br /><br />Ser feliz é ser leve. E não depende de propaganda.<br /><br />Por isso não tentem me perguntar sobre felicidade. Ela está estampada no meu rosto para quem quiser ver, sempre que de fato existir. Aliás, no rosto de qualquer pessoa feliz.<br /></div>Daniel Phttp://www.blogger.com/profile/11525340027647090757noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-3009587223698659648.post-17949663376229819062009-12-17T00:33:00.001-02:002009-12-17T00:38:21.833-02:00O retorno<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Escrever neste blog me dá muita satisfação. Aliás, escrever é algo muito aprazível para mim. Então vocês podem imaginar o quanto custou para mim estar afastado esses quase dois meses. Mas era preciso, devido aos muitos compromissos profissionais. Nesse tempo muitas idéias de textos surgiram, mas muitas também se perderam. Infelizmente, parte dos meus textos são assim, surgem do nada, de uma inspiração momentânea, e se não tenho condições de escrever em seguida, as idéias volatilizam na mesma velocidade em que surgem. Uma pena. Mas aqui estou novamente, em busca do tempo perdido. E querendo que vocês, que contribuíam com cerca de 300-400 visitas mensais, retornem e gostem do que lêem aqui. Abraços!</span></div>Daniel Phttp://www.blogger.com/profile/11525340027647090757noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3009587223698659648.post-74978052624399884262009-10-27T02:21:00.005-02:002009-10-27T02:47:44.393-02:00Metade de mim...<div style="text-align: justify;"><span style="font-family:verdana;"> <br />Eu não sei viver sendo metade de mim mesmo. Não sei deixar de ser quem eu sou. É minha desgraça, minha sentença perpétua, e ao mesmo tempo minha salvação. Ainda que esteja sobre o jugo de uma pressão muito forte, ainda que as incertezas da vida teimem em bater à porta, sou eu, personificado através das minhas convicções, que triunfo nessa grande peça da minha vida, onde sou herói, vilão, protagonista, figurante, roteirista e diretor. Como é bom poder terminar um dia cansativo como hoje e, perto das 3 da manhã, sentado insone à frente do computador sentir-se feliz, simplesmente. "<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">Porque metade de mim é amor, e a outra metade, também"</span>, foi cantado pelo Oswaldo Montenegro, mas bem que poderia ter sido por mim.<br /><br /><br /></span><object width="320" height="265"><embed src="http://www.youtube.com/v/ujQoUEdXr_8&hl=pt-br&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="320" height="265"></embed></object></div>Daniel Phttp://www.blogger.com/profile/11525340027647090757noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-3009587223698659648.post-13040553749513312862009-10-02T11:29:00.003-03:002009-10-02T12:51:30.782-03:00Reacionários<div style="text-align: justify;"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family: verdana;">Via de regra prefiro postar textos autorais aqui no blog, até por ser partidário das políticas de originalidade defendidas e difundidas por sites como o </span><a style="font-family: verdana;" href="http://dicasblogger.blogspot.com/search/label/Direitos%20Autorais">Dicasblogger</a><span style="font-family: verdana;">. Mas hoje vou postar aqui parte da coluna do jornalista Juremir Machado da Silva para um periódico aqui de Porto Alegre, disponível na mídia impressa e online. Nela o jornalista comenta o comportamento de três ilustres figuras do cenário opinativo brasileiro, com recentes obras literárias publicadas, a saber Ali Kamel (diretor de jornalismo da Globo), Reinaldo Azevedo (colunista da revista Veja) e Demétrio Magnoli (acadêmico que escreve para a revista Época e para o jornal Folha de São Paulo). Acho que ilustra um pouco mais a visão que já debati no post anterior. Escreve Juremir sobre os três, em determinado ponto da coluna:</span><br /><br /><span style="font-weight: bold; font-family: verdana;">"O curioso é que eles se pretendem racionais, universalistas e sem ideologia. Só os seus adversários é que seriam ideológicos. A lei que comanda os ataques do trio mais reacionário da mídia brasileira é simples: se há movimento social, eles são contra. Sempre. Azevedo acredita que a corrupção nasceu com o PT. Magnoli jura que não existe "fronteira racial" na consciência dos brasileiros. Em nome de um pretenso universal, cuja existência concreta ainda não conseguiram demonstrar, os três investem contra esquerdismos estatizantes, cotas, multiculturalismo, sem-terra, sem-teto, sem-mídia, sem nada e principalmente contra toda tentativa de mexer nas cartas da sacrossanta ordem mundial do Deus mercado.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold; font-family: verdana;">Na guerra santa que lideram contra o atraso de esquerda, praticam o atraso de direita sem qualquer pudor e com direito a boas doses de ingenuidade, hipocrisia e confusão intelectual. Confundem a crítica ao superado marxismo e ao defunto socialismo real, cujas lembranças ainda embalam alguns desvairados, com a rejeição a qualquer demanda de reforma social."</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">Quem desejar, pode ler texto na íntegra </span><a style="font-family: verdana;" href="http://www.correiodopovo.com.br/Impresso/?Ano=115&Numero=2&Caderno=0&Noticia=35473">neste link</a></span><br /></div>Daniel Phttp://www.blogger.com/profile/11525340027647090757noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3009587223698659648.post-53610863217653536162009-09-30T12:25:00.003-03:002009-09-30T12:36:19.135-03:00Visões de Mundo<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsWFO2ZLFd3bvXx1E3AUSnJyoiHxZZ4Y4ii6BCGNJdz9_Ig_sPcBu7EHgB7qYPtfUYu5EMlaIvC20JNsg1p96e_RROV98BUYSxY1muyEEwRFPmesdnvcqqrx0WvqSFQGNlg6U3Ehyphenhyphenqgklm/s1600-h/blog_eye.JPG"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 247px; height: 250px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsWFO2ZLFd3bvXx1E3AUSnJyoiHxZZ4Y4ii6BCGNJdz9_Ig_sPcBu7EHgB7qYPtfUYu5EMlaIvC20JNsg1p96e_RROV98BUYSxY1muyEEwRFPmesdnvcqqrx0WvqSFQGNlg6U3Ehyphenhyphenqgklm/s320/blog_eye.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5387284139876008994" border="0" /></a><span style="font-family: verdana;">Em um espaço de menos de uma semana tive oportunidade de ter uma mesma conversa, em momentos distintos, com diferentes amigos sobre como vemos determinadas coisas que acontecem na nossa sociedade. Alguns diriam que conversamos sobre política e economia, mas eu prefiro dizer que compartilhamos nossas visões de mundo. Sim, pois, a despeito das visões apaixonadas que temos nesses momentos em que se discutem temas controversos, estamos pondo à mostra a maneira com que encaramos a realidade que nos cerca e a perspectiva de mundo que queremos ou sonhamos.</span><br /></div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"><br />A história já se encarregou de sepultar os devaneios coletivistas que comunistas e fascistas imaginavam ser a utopia de um mundo sem diferenças. Tais devaneios demonstraram-se ingênuos ou então propícios apenas para que atrocidades incríveis fossem cometidas em nome de uma suposta igualdade entre os homens. O ser humano tem um desejo e uma ambição natural de ser diferente de outro. E trocar Liberdade por Igualdade demonstrou-se tão perigoso quanto trocar Liberdade por Ordem, como as ditaduras militares impuseram na América Latina no passado. Cuba está aí para provar isso.<br /><br />Mas isso não quer dizer que o que restou após a queda do muro de Berlin seja bom ou suficiente. Aliás, bem pelo contrário.<br /><br />Você estar inserido em um contexto não lhe obriga a, necessariamente, concordar com ele. Vivemos em um mundo capitalista, em uma sociedade de consumo, da valorização do “eu” em detrimento do “nós”. Mas sou terminantemente contra o pensamento de que “o mundo é assim, temos que nos adaptar”. Isso faria de nós um rebanho de bois sem consciência crítica. Eu tenho minhas aspirações financeiras, mas não estou disposto a pagar qualquer preço por isso. Minha felicidade está antes de tudo no que sou, e não no que possuo. Vez por outra tenho vários ímpetos consumistas, mas jamais pagarei R$ 400,00 por um tênis só pelo status social que ele proporciona ou por que uma bem treinada equipe de marketing fez as pessoas acreditarem que ele é muito mais confortável que outro.<br /><br />Creio que nenhuma pessoa em sã consciência e minimamente preparada seja, em tese, contrário à livre iniciativa. Mas se a ambição humana é uma condição normal nossa, se o homem é cada vez mais individualista, se o homem cada vez mais é o lobo do homem, é preciso que a sociedade formal, na figura dos seus administradores e governantes, crie algum mecanismo que impeça que essa natural vocação dos homens pela desigualdade maximize as diferenças sociais tão gritantes entre as diversas camadas sociais. Diferenças essas que são responsáveis por grande parte das mazelas que vivemos hoje em dia.<br /><br />Isso pode ser mal compreendido pelas pessoas, principalmente por aquelas que não corroboram do mesmo pensamento e, por serem justamente contrárias a isso, criam estereótipos e pensamentos maniqueístas a respeito do assunto. Porém mais do que certo e errado nessa discussão, há claramente uma visão do mundo que defendemos, como comentei no início. E, no mundo que eu defendo, o “eu” e o “nós” tem de, necessariamente, caminhar juntos.<br /><br />E você, que visão de mundo defende?</div>Daniel Phttp://www.blogger.com/profile/11525340027647090757noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-3009587223698659648.post-41235031071054198452009-09-18T01:19:00.004-03:002009-09-18T01:28:25.995-03:00Estatísticas atualizadas<span style="font-family: verdana;">Desde fevereiro até a presente data este blog ultrapassou a marca de 3800 visitas, motivo pelo qual agradeço publicamente todos os leitores, assíduos ou não, dele.<br /><br />Atualizando os dados do google analytics, nos últimos 30 dias esse blog teve:<br /><br />- 159 visitantes diferentes que realizaram 355 acessos ao site;<br />- 515 pageviews nesse período;<br />- Principais países de origem das visitas: Brasil (309), Estados Unidos (20) e Portugal (16)<br />- Textos melhor pontuados no ranking de acessos: <a href="http://danieltpblog.blogspot.com/2009/05/saudade-que-traz-alegria.html">Saudade não dói</a> e <a href="http://danieltpblog.blogspot.com/2009/03/vida-com-trilha-sonora.html">A vida com trilha sonora</a><br /></span>Daniel Phttp://www.blogger.com/profile/11525340027647090757noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3009587223698659648.post-88044125586136263182009-09-15T10:43:00.002-03:002009-09-15T10:50:14.512-03:00Falando de Deus e religião - parte 2<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;font-size:100%;" >Finalizando minha reflexão iniciada no post anterior, baseado em tudo que leio, penso e reflito a respeito do assunto.<br /><br />Uma vez, participando de um fórum de discussão na internet sobre religiosidade, alguém questionou qual o principal empecilho para que todas as religiões dialogassem sobre aspectos comuns. Eu respondi que era por causa da natureza diferenciada dos preceitos básicos da maioria delas. Cristãos, judeus, espiritualistas, muçulmanos, hindus, adeptos do candomblé possuem maneiras de entender o sobrenatural que são incompatíveis filosoficamente. O que não significa que não possam conviver educadamente.</span><br /><span style="font-family: verdana;font-size:100%;" > </span><br /><span style="font-family: verdana;font-size:100%;" > Todavia, no caso do cristianismo, em particular, me frustra ver o atual panorama de combatividade entre algumas denominações religiosas.</span><br /><span style="font-family: verdana;font-size:100%;" > </span><br /><span style="font-family: verdana;font-size:100%;" > Sou um grande defensor do ecumenismo entre as diferentes religiões cristãs, até por acreditar que religiões são divisões humanas. Isso porque o ensinamento de Jesus Cristo, sendo vivido em sua plenitude conceitual, é (ou deveria ser) o MESMO para todos os cristãos. Hoje ainda vejo o quanto estamos afastados (cristãos) por essa briga entre evangélicos tradicionais, reformados ou pentecostais, católicos romanos ou ortodoxos, mórmons. Se Deus ama a toda a humanidade, justos e injustos, pecadores e fiéis, ele é de um amor tão grande que não permite essa diferenciação entre o certo e o errado tão facilmente "identificável" pelas “religiões” humanas. </span><br /><span style="font-family: verdana;font-size:100%;" > </span><br /><span style="font-family: verdana;font-size:100%;" > Assim, temos de um lado uma Igreja católica outorgando para si a condição de única representante legítima de Jesus na Terra para impedir o crescimento dos evangélicos. De outro lado, temos os evangélicos (principalmente os pentecostais e neo-pentecostais) justificando que somente eles vivenciam uma fé legitimamente baseada nos ensinamentos da Bíblia e dos primeiros cristãos, razão pela qual as pessoas devem se "converter" se quiserem alcançar a salvação. Perceberam como essas coisas tem muito mais a ver com os homens do que com Deus? A mensagem de Jesus, de guardarmos a fé em Deus, amarmos o próximo e fazermos o bem, não é compatível com nenhum desses dois conceitos apregoados de lado a lado.</span><br /><span style="font-family: verdana;font-size:100%;" > </span><br /><span style="font-family: verdana;font-size:100%;" > Deus não manda as pessoas para o “inferno” por elas não seguirem as tradições católicas ou por elas não viverem segundo as interpretações evangélicas da bíblia. </span><br /><span style="font-family: verdana;font-size:100%;" > </span><br /><span style="font-family: verdana;font-size:100%;" > Deus não é uma “ser” que fica em algum lugar punindo alguns e presenteando outros, ao seu bel prazer. Deus é um conceito maior, ou mesmo uma “entidade”, através do qual os homens procuram explicar uma força superior a nossa compreensão, que nos fez o que somos, e não outra coisa. Que nos mantém aqui, e não em outro lugar. Que faz com que, no meio de tantas e tantas filosofias, armadilhas morais ou tentações, queiramos algo que seja sublime, e não frugal. Algo inexplicavelmente fora da nossa compreensão que nos conforta mesmo no mais angustiante dos momentos. Que nos salva quando queremos nos perder, que nos guia mesmo sem entendermos como e por quê. Que nos faz entender que o homem depende do homem, e que “amar ao próximo como a ti mesmo, e a Deus sobre todas as coisas”, nada mais é do que exercitar aquilo que chamamos de AMOR, no seu sentido mais amplo e irrestrito, ligado àquilo que o ser humano denominou como FÉ. O modo que você exercita esse conceito, ou seja, a denominação religiosa que você segue, tem importância muito mais para você, no seu dia-a-dia, do que para Deus.</span></div>Daniel Phttp://www.blogger.com/profile/11525340027647090757noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3009587223698659648.post-87483448920208082772009-09-08T12:22:00.006-03:002009-09-08T12:29:34.563-03:00Falando de Deus e religião - parte I<div style="text-align: justify;font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;"><span style=";font-family:verdana;font-size:100%;" > <br /><span style="font-size:100%;">Se você faz parte daqueles que pensam que religião é um assunto muito controverso para ser discutido, ou se sente contrariado quando determinados dogmas de fé são questionados, não siga adiante com essa leitura. Esse texto tem a pretensão de ser um ensaio sobre muitas das coisas que eu penso a respeito do tema, a partir da minha experiência como cristão, cientista e ávido leitor de trabalhos e textos sobre teologia, hermenêutica bíblica, filosofia e filosofia da ciência.<br /><br />Primeiramente, para quem não sabe sou um cristão formado na Igreja Católica. O que não significa que concorde com todos os dogmas do catolicismo. Também já tive oportunidade de ler ou ter contato com cultos evangélicos, principalmente batistas, luteranos, e alguns neo-pentecostais. O que não significa, também, que concorde com todas as interpretações evangélicas sobre fé. Já li sobre espiritismo, mas sou fortemente contrário à abordagem científica objetiva (?) proposta por eles para explicar fenômenos sobrenaturais subjetivos. Já li sobre criacionismo e sobre evolucionismo, e ainda mais, até sobre evolucionismo criacionista. Trabalho com pesquisa científica e aplicada. Sobre ciência, aliás, sou um pesquisador que não vê problemas nessa dualidade fé X ciência.<br /><br />Uma das coisas que mais concordo quando vejo pregações é a máxima de que devemos procurar “menos religião, e mais Deus”. Concordo plenamente, ainda que a maior parte dos cristãos utilize isso de forma sofística para fazer crer que eles não têm preocupações com a religião em si, quando têm, e muito. Independente disso, é uma das frases que deveriam estar na mente de todo cristão. O que os homens definem como preceitos, dogmas, regras de conduta, balizadas ou não por interpretações (suficientes ou insuficientes) dos textos bíblicos, são resultados de uma hermenêutica particular de um grupo definido de pessoas e/ou teólogos. São padrões que determinados grupos assumem como condição verdadeira para viver segundo o que acham mais conveniente teologicamente, mas não têm, necessariamente, similaridade com o que seja, de fato, a vontade de Deus. Qual o homem que detém o conhecimento inequívoco do que seja a vontade de Deus? Se você o conhece, me apresente. A vontade de Deus é a meu ver, é bem mais simples do que a maioria dos homens pode supor. Mas não está claramente expressa em lugar algum, pelo menos de forma irrefutável.<br /><br />Karl Popper faz uma afirmação mais voltada para a filosofia da ciência, mas que se presta aqui nesta discussão. Popper argumentou que uma teoria será sempre conjectural e provisória. Em outras palavras, sempre podemos provar a partir de dados ou experiências que é uma teoria falsa, mas nunca afirmar categoricamente o que é uma verdade irrefutável.<br /><br />No que uma beata católica, um pastor metodista ou um fiel pentecostal pode me corrigir, com idêntica fala: “Seu erro é não perceber que só há uma única forma de servir a Jesus Cristo”. No que eu responderia, desculpem-me, mas vocês estão sendo usados para balizar conceitos que servem não às pretensões de Deus, mas às dos homens.<br /><br />Rubem Alves, escritor de formação presbiteriana, fala algo do qual concordo integralmente: “Nossas idéias sobre Deus não fazem a mínima diferença para Ele. Fazem, sim, diferença para nós”. Aliás, os textos mais inteligentes sobre teologia que pude ler ultimamente em geral são de presbiterianos ou de pessoas que tiveram, em algum momento, formação presbiteriana. Mas também não significa que concordo com os preceitos dessa denominação.<br /><br />Brian McLaren, um controverso pastor americano, vai mais além: "As nossas interpretações revelam menos acerca de Deus ou da Bíblia do que sobre nós mesmos. Elas mostram o que queremos defender, o que nós queremos atacar, o que queremos ignorar, o que não estamos dispostos a questionar ..."<br /><br />Eu continuo vivenciando minha fé, principalmente - mas não somente - freqüentando a igreja católica por ver, nas pessoas que a freqüentam conscientemente, e em muitos dos bons pregadores que existem nela, que ali é expresso com maior entendimento o maior legado deixado por Jesus Cristo: a vivência do amor em Deus. Mas isso não me deixa míope para as coisas erradas nos dogmas que nela existem, tampouco me faz ignorar o que há de bom na hermenêutica bíblica de outras denominações.<br /><br />"Eu acredito que as pessoas não são salvas por uma verdade objetiva, mas por Jesus. A sua fé não está em seus conhecimentos, mas em Deus." - Brian McLaren, novamente. Ou seja, se você leu toda a bíblia isso não faz de você necessariamente mais preparado para entender a “vontade de Deus”. Até porque a realidade mostra que muita gente que sabe a bíblia de cor não sabe interpretá-la de fato. Independente de credos.</span></span><br /></span></div>Daniel Phttp://www.blogger.com/profile/11525340027647090757noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3009587223698659648.post-48516560579808104632009-08-27T12:28:00.006-03:002009-09-13T22:09:08.840-03:00Decisões<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRmg9XChshAID9mJgC03Yd9tJQ1hKimbLFZwgUOEBjj9dzC2WSRfaPcmFlE_en-F-oR9uDHcCsPANtDvPVqUwjNZUlLqoEFIwnxfscYBDU_tsRNEfQMOo6ZQyXYifwQlAt2M8SrFi5xQUi/s1600-h/Rumos.jpg"><span style="font-family:verdana;"><img style="margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 230px; display: block; height: 320px;" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5374668465210209538" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRmg9XChshAID9mJgC03Yd9tJQ1hKimbLFZwgUOEBjj9dzC2WSRfaPcmFlE_en-F-oR9uDHcCsPANtDvPVqUwjNZUlLqoEFIwnxfscYBDU_tsRNEfQMOo6ZQyXYifwQlAt2M8SrFi5xQUi/s320/Rumos.jpg" border="0" /></span></a><span style="font-family:verdana;"> </span><br /><p style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; font-family: verdana;" class="MsoNormal" align="justify">A vida é recheada de decisões que temos que tomar ao longo desse nosso percurso tortuoso por esta Terra cheia de possibilidades. Aceitar ou não um novo emprego, continuar ou terminar um relacionamento, fazer um cruzeiro ou investir nosso dinheiro, férias na praia ou no campo, carreira ou família, dormir um pouco mais ou chegar na hora certa da reunião. Às vezes temos mais opções, mas na maioria das vezes é preto ou branco, certo ou errado, paz ou guerra. E as conseqüências, independente das escolhas, podem ser agradáveis ou frustrantes. A vida não é prodigiosa em tarefas fáceis, muito pelo contrário. Nessas horas lembro da época que li Sartre no colégio, e do que ele falava quanto a sermos livres e responsáveis pelas nossas decisões. Estamos condenados a ser livres. Não há fuga para a nossa responsabilidade <st1:personname productid="em decidir. Ser£" st="on">em decidir. Será</st1:personname>? A insegurança geralmente é a pior das conselheiras. Nos acovarda, nos diminui, nos faz precipitar ou adiar as decisões. E talvez por isso nos faz tomar as decisões com medo do que vem pela frente. Ou adiar atitudes que temos que ter. Sartre dizia também que muitas vezes queremos que outros decidam por nós, quando a decisão, no final das contas, sempre é nossa.</p><p style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; font-family: verdana;" class="MsoNormal" align="justify"><o:p></o:p></p><div style="font-family: verdana;" align="justify">E é verdade. Geralmente sabemos o que queremos, ou o que devemos fazer. No fundo, no fundo, não importa o que os outros digam, a gente já tem a ideia cristalizada na mente, e fica apenas a espera da aprovação dos outros ou, covardemente, que alguém nos “guie” no caminho de uma decisão que não nos cause arrependimento. Mas o maior arrependimento, no final das contas, sempre acaba sendo perceber que não fizemos o que sabíamos que devíamos fazer.<br /><br /></div><div style="font-family: verdana;" align="justify">Como já escrevi em outro texto deste blog (clique <a href="http://danieltpblog.blogspot.com/2009/02/do-que-voce-tem-medo-de-si-proprio.html">aqui</a> para lê-lo), "nossos medos nos fazem pessoas que não somos. Confie em você, e o tempo faz o resto."</div>Daniel Phttp://www.blogger.com/profile/11525340027647090757noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3009587223698659648.post-51200412256188853532009-08-17T14:46:00.003-03:002009-08-17T14:59:58.061-03:00Entardecer (de mais uma primavera)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEfnvbfpVhqoOwC_vLqZREpjJGje3eDeaCsRlgPwlwm5ebOgw8po16aiDT1Au3xbloe36edlWsLhroVeynw7zGyENdIWLoQOjW8hECMqMS7b9sh0BKR1n70iLd9_GKaiOldNTfIfl2gsU4/s1600-h/crepusculo.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEfnvbfpVhqoOwC_vLqZREpjJGje3eDeaCsRlgPwlwm5ebOgw8po16aiDT1Au3xbloe36edlWsLhroVeynw7zGyENdIWLoQOjW8hECMqMS7b9sh0BKR1n70iLd9_GKaiOldNTfIfl2gsU4/s320/crepusculo.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5370993662399059026" border="0" /></a><br /><div face="verdana" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Comemorar aniversário geralmente tem um significado diferente para cada pessoa. Alguns ficam desanimados com a maturidade inevitável, outros colocam a data como a mais especial da agenda no ano. Alheio a qualquer das alternativas, sempre vi meu aniversário como uma oportunidade de juntar a família e os amigos ao meu lado, para simplesmente celebrar o fato de ter uma vida muito feliz. E o saldo tem sido imensamente positivo, acreditem.</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">É engraçado que quando ultrapassamos a barreira dos 30, as pessoas têm aquela ideia que a “juventude” se foi de vez, que a vida de responsabilidades chatas e enfadonhas está de vez maculando parte da nossa alma. Perguntam como é a sensação, o que penso a respeito, etc, etc. Sinceramente, esses últimos 12, 18 meses têm sido fantásticos. Ainda guardo na memória a época do meu mestrado, dos amigos e de tudo que vivi entre meus 23 e 25 anos, talvez os melhores anos da minha vida. O que veio depois dos 26 foi bom, me trouxe felicidade, amadurecimento. Mas agora, passado os 30, a vida tem aberto tantas perspectivas, tantas coisas boas que é impossível não pensar que está cada vez melhor vivê-la!!</span><br /><br /><span style="font-weight: bold; font-style: italic; font-family: verdana;"> “A vida é maravilhosa para quem não tem medo de vivê-la”</span><span style="font-family: verdana;">, falou o genial Charles Chaplin, e eu concordo plenamente. Você faz a sua vida mais ou menos intensa, séria ou despretensiosa, alegre ou cheia de neuras, exitosa ou indecisa. Eu optei por ver a felicidade como um meio, e não um fim. E hoje, após as comemorações do meu aniversário, agradeço a Deus por tudo de bom e de ruim que me aconteceu, e tudo de bom e ruim que ainda virá, e que me tornará o que sou. Feliz não por querer o que é materializável, mas por desejar o indefinível. Não por ter, mas por ser. Não por ser amado, mas por amar intensamente. Sempre.</span><br /></div>Daniel Phttp://www.blogger.com/profile/11525340027647090757noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-3009587223698659648.post-37984890929430850962009-08-12T01:06:00.002-03:002009-08-12T01:12:18.113-03:00Entre Will Smith e John Galt<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqLGGZtDwhBdNz__RipkXh4PXNsCAf0CcxDt2XsT7K8CGr8BCsTY_YxmGmmsfap0fcI2GsCuBnnbmMRVPXVXCaD1NyDsqbJsqR24uq7UkOkDZfeBhBMuFNtnTBIl64DqMmFb_bN3cTWA99/s1600-h/blog.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqLGGZtDwhBdNz__RipkXh4PXNsCAf0CcxDt2XsT7K8CGr8BCsTY_YxmGmmsfap0fcI2GsCuBnnbmMRVPXVXCaD1NyDsqbJsqR24uq7UkOkDZfeBhBMuFNtnTBIl64DqMmFb_bN3cTWA99/s320/blog.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5368924399359363554" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:verdana;">Estou de volta à ativa. Depois de um breve descanso que de descanso não teve nada, mas tudo bem... hehe</span></span> <br /><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:verdana;">Já faz algumas semanas que queria escrever este texto. Em um espaço de poucos dias assisti dois vídeos totalmente distintos quanto às mensagens que tentavam passar. “Sete vidas”, filme com Will Smith, e “Quem é John Galt”, uma montagem feita no youtube pelo Instituto John Galt a partir do trecho do livro de mesmo nome, de Ayn Rand. Comecemos por este último.</span></span> <br /><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:verdana;">“John Galt” é um personagem de um livro que procura divulgar idéias do chamado objetivismo, filosofia proposta pela autora Ayn Raind. Resumidamente, as principais ideias que entendo serem as bases do que a autora sugere são:</span></span><br /><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:verdana;">- Cada homem é um fim em si mesmo e não um meio para o fim de outros homens. Deve existir em função de seus próprios propósitos, não se sacrificando por outros nem sacrificando outros por ele;</span></span><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:verdana;">- Religião e ideias coletivistas são as verdadeiras causas da desgraça moral da Humanidade, e não a suposta ganância ou o individualismo contemporâneo.</span></span><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:verdana;">- Não há mal nenhum em viver em busca somente da própria felicidade e sem se importar com os outros, desde que você teoricamente não cause mal a ninguém.</span></span><br /> <span style="font-size:100%;"><span style="font-family:verdana;">- Dinheiro e lucro não são um mal, e quem os possui, não importa em que escala, fez por merecê-lo (desde que honestamente), independente dos outros.</span></span> <br /><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:verdana;">Acho que quem me conhece minimamente sabe que discordo veementemente da quase totalidade desses argumentos. Além de conter algumas inconsistências conceituais, o objetivismo de Ayn Raind ignora que não vivemos em uma sociedade justa e em igualdade de oportunidades. Mas para mim o pior dessa proposta é achar que o homem deve viver egoistamente para a própria felicidade. Muito diferente da mensagem do filme que assisti, e que cito a seguir.</span></span><br /><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:verdana;">Em “Sete Vidas”, Will Smith é um homem amargurado por ter matado, ainda que acidentalmente, sete pessoas em um desastre de carro, entre elas sua esposa. A partir daí, decide lançar-se em uma jornada de solidariedade para sete pessoas que demonstrassem merecer sua ajuda de forma incomum, o que culmina com um fim nem tão surpreendente, mas muito emocionante, onde Will Smith abre mão da própria vida (Como? Vejam o filme!) em função daqueles que deseja ajudar.</span></span> <br /><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:verdana;">Boas reflexões. Devemos fazer o que é bom, o que é certo ou o que é justo? O que é certo nem sempre é bom? O que é bom, nem sempre é justo? O que é justo, nem sempre é certo? Egoísmo é uma questão de perspectiva? De quem?</span></span><br /><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:verdana;">Eu sempre achei, por formação e por convicção, que a igualdade entre os homens é ilusória, mas que a solidariedade, no sentido de entender a felicidade não como algo estritamente dependente da nossa individualidade, mas também das pessoas que nos rodeiam, tem que ser um objetivo a ser sonhado.</span></span> <span style="font-size:100%;"><span style="font-family:verdana;"><br /><br />Meu pai tem uma frase: “Quem não vive para servir, não serve para viver”. Já vi essa frase ser muito mal compreendida e até criticada como “pequenez de espírito”. Quem tem um pouco de discernimento para ver que tal frase não é um incentivo ao “sacrifício pessoal” ou ao “coitadismo”, verá claramente que, na verdade, a “pequenez de espírito” está justamente em pensar ao contrário, em querer uma vidinha egoistamente feliz quando fechada na própria individualidade.</span></span></div> </div>Daniel Phttp://www.blogger.com/profile/11525340027647090757noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3009587223698659648.post-68369846647986158882009-08-05T22:53:00.002-03:002009-08-05T23:06:39.737-03:00Férias?Quem disse que férias são somente para descansar?<br /><br />Nas últimas semanas estive um pouco ausente, colocando os projetos atrasados em dia, revisando aulas para o próximo semestre, retomando a pesquisa da minha tese.<br /><br />Agora espero poder voltar a escrever com a frequência que gosto por aqui.<br /><br />Abraços!!!Daniel Phttp://www.blogger.com/profile/11525340027647090757noreply@blogger.com3