Respondendo à instigação feita pelo comentário do meu amigo Rico no post anterior, vou falar também – rapidamente – do que virou a nova - e enfadonha - febre midiática: a morte do Michael Jackson. Compadeço-me dos fãs chorosos que estão espalhados pelo mundo, nunca é bom perder alguém que idolatramos ou aprendemos a reverenciar de alguma forma ou de outra. Mas acho que Michael morreu quando deveria. Talvez até mais tarde. Antes de me condenarem, deixem-me explicar. Eu sou fã do Michael Jackson. Ele é um dos grandes responsáveis – se não o maior, junto com Madonna – pelo padrão de videoclipes que marcaram os anos 80, transformando definitivamente o cenário pop mundial. Muito do muito que adoro nos anos 80 foi pensado, modelado e copiado do estilo que ele apresentou a todos nós, nos maravilhando com clássicos como “Thriller”, “Beat it” ou “Billy Jean”. Ele é e sempre será um ícone. Mas nos últimos anos ele virou uma caricatura de si mesmo. Seja como Garrincha ou Maradona fizeram no futebol, ou Elvis Presley na música, MJ se encaminhava para o mesmo melancólico destino daqueles que eram ou são lembrados muito mais pelo que foram do que pelo que são. Chega até ser meio mórbido pensar dessa forma, eu sei, mas sempre nos lembraremos do Airton Senna campeão das manhãs de domingo e não de um piloto em um fim de carreira apagado ou fazendo propaganda de bateria de carro como o Fittipaldi. Do Kurt Cobain ou do Freddy Mercury no auge de suas genialidades, e não como um Elvis Presley gordo e decadente nos cassinos de Las Vegas. Eu não quero lembrar do problemático e desajustado Michael Jackson com nariz de massa de modelar dos anos 2000. Prefiro ter sempre na memória o garoto de passos mágicos que todos imitavam, o popstar que virou até filme e jogo (jogava tardes e tardes Moonwalker no fliperama da praia), ou o cantor que nos surpreendia com os efeitos de “Black or White”. Por isso que de certa forma me alivia o fim dessa sua jornada final de auto-destruição. Longa vida ao Michael Jackson que sempre valerá a pena lembrar.
(E a todos aqueles que não sabiam que existia diversão antes do Playstation, a prova aqui abaixo - com os cumprimentos de Michael Jackson)
(E a todos aqueles que não sabiam que existia diversão antes do Playstation, a prova aqui abaixo - com os cumprimentos de Michael Jackson)