A vida é recheada de decisões que temos que tomar ao longo desse nosso percurso tortuoso por esta Terra cheia de possibilidades. Aceitar ou não um novo emprego, continuar ou terminar um relacionamento, fazer um cruzeiro ou investir nosso dinheiro, férias na praia ou no campo, carreira ou família, dormir um pouco mais ou chegar na hora certa da reunião. Às vezes temos mais opções, mas na maioria das vezes é preto ou branco, certo ou errado, paz ou guerra. E as conseqüências, independente das escolhas, podem ser agradáveis ou frustrantes. A vida não é prodigiosa em tarefas fáceis, muito pelo contrário. Nessas horas lembro da época que li Sartre no colégio, e do que ele falava quanto a sermos livres e responsáveis pelas nossas decisões. Estamos condenados a ser livres. Não há fuga para a nossa responsabilidade em decidir. Será? A insegurança geralmente é a pior das conselheiras. Nos acovarda, nos diminui, nos faz precipitar ou adiar as decisões. E talvez por isso nos faz tomar as decisões com medo do que vem pela frente. Ou adiar atitudes que temos que ter. Sartre dizia também que muitas vezes queremos que outros decidam por nós, quando a decisão, no final das contas, sempre é nossa.
E é verdade. Geralmente sabemos o que queremos, ou o que devemos fazer. No fundo, no fundo, não importa o que os outros digam, a gente já tem a ideia cristalizada na mente, e fica apenas a espera da aprovação dos outros ou, covardemente, que alguém nos “guie” no caminho de uma decisão que não nos cause arrependimento. Mas o maior arrependimento, no final das contas, sempre acaba sendo perceber que não fizemos o que sabíamos que devíamos fazer.
Como já escrevi em outro texto deste blog (clique
aqui para lê-lo), "nossos medos nos fazem pessoas que não somos. Confie em você, e o tempo faz o resto."