15 de fevereiro de 2009

Libertação

Publicado originalmente em 12/09/2008
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Quase uma da manhã, e estou na frente do computador. Retomando a velha praxe. Apesar do cansaço da viagem de volta à Porto Alegre, sigo aqui. Foi bom não estar na cidade por esses dias, mas é bom também retornar.
Entre conversas disfarçadas ditas pelo msn e a preguiça de terminar de desfazer a mala, estico o braço e pego meu livro de poesias do Mário Quintana guardado na estante. Passo à folheá-lo procurando trechos quaisquer de poemas e encontro esta passagem...
"Um bom poema é aquele que nos dá a impressão de que está lendo a gente ... e não a gente a ele!".
Muitas vezes a gente se vê refletido em palavras, poemas, mesmo em textos que nos aparecem... Um poema pode ser mesmo um espelho ou uma fotografia instaantânea da alma do leitor, acho que já falei isso em outro post. O que importa é que velhinho realmente sabia das coisas quando escrevia.
Sigo correndo os títulos..."História Contemporânea", "Romance sem palavras" até que paro em "Libertação". Leio. Deixo o poema transcrito logo abaixo encerrando o post, tenho mesmo que dormir...que venha a semana...

LIBERTAÇÃO

...até que um dia, por astúcia ou acaso, depois de quase todos os enganos, ele descobriu a porta do labirinto.
...Nada de ir tateando os muros como um cego.
Nada de muros
Seus passos tinham - enfim! - a liberdade de traçar seus próprios labirintos.


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