Eu não sei viver sendo metade de mim mesmo. Não sei deixar de ser quem eu sou. É minha desgraça, minha sentença perpétua, e ao mesmo tempo minha salvação. Ainda que esteja sobre o jugo de uma pressão muito forte, ainda que as incertezas da vida teimem em bater à porta, sou eu, personificado através das minhas convicções, que triunfo nessa grande peça da minha vida, onde sou herói, vilão, protagonista, figurante, roteirista e diretor. Como é bom poder terminar um dia cansativo como hoje e, perto das 3 da manhã, sentado insone à frente do computador sentir-se feliz, simplesmente. "Porque metade de mim é amor, e a outra metade, também", foi cantado pelo Oswaldo Montenegro, mas bem que poderia ter sido por mim.
27 de outubro de 2009
Metade de mim...
Eu não sei viver sendo metade de mim mesmo. Não sei deixar de ser quem eu sou. É minha desgraça, minha sentença perpétua, e ao mesmo tempo minha salvação. Ainda que esteja sobre o jugo de uma pressão muito forte, ainda que as incertezas da vida teimem em bater à porta, sou eu, personificado através das minhas convicções, que triunfo nessa grande peça da minha vida, onde sou herói, vilão, protagonista, figurante, roteirista e diretor. Como é bom poder terminar um dia cansativo como hoje e, perto das 3 da manhã, sentado insone à frente do computador sentir-se feliz, simplesmente. "Porque metade de mim é amor, e a outra metade, também", foi cantado pelo Oswaldo Montenegro, mas bem que poderia ter sido por mim.
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2 de outubro de 2009
Reacionários
Via de regra prefiro postar textos autorais aqui no blog, até por ser partidário das políticas de originalidade defendidas e difundidas por sites como o Dicasblogger. Mas hoje vou postar aqui parte da coluna do jornalista Juremir Machado da Silva para um periódico aqui de Porto Alegre, disponível na mídia impressa e online. Nela o jornalista comenta o comportamento de três ilustres figuras do cenário opinativo brasileiro, com recentes obras literárias publicadas, a saber Ali Kamel (diretor de jornalismo da Globo), Reinaldo Azevedo (colunista da revista Veja) e Demétrio Magnoli (acadêmico que escreve para a revista Época e para o jornal Folha de São Paulo). Acho que ilustra um pouco mais a visão que já debati no post anterior. Escreve Juremir sobre os três, em determinado ponto da coluna:
"O curioso é que eles se pretendem racionais, universalistas e sem ideologia. Só os seus adversários é que seriam ideológicos. A lei que comanda os ataques do trio mais reacionário da mídia brasileira é simples: se há movimento social, eles são contra. Sempre. Azevedo acredita que a corrupção nasceu com o PT. Magnoli jura que não existe "fronteira racial" na consciência dos brasileiros. Em nome de um pretenso universal, cuja existência concreta ainda não conseguiram demonstrar, os três investem contra esquerdismos estatizantes, cotas, multiculturalismo, sem-terra, sem-teto, sem-mídia, sem nada e principalmente contra toda tentativa de mexer nas cartas da sacrossanta ordem mundial do Deus mercado.
Na guerra santa que lideram contra o atraso de esquerda, praticam o atraso de direita sem qualquer pudor e com direito a boas doses de ingenuidade, hipocrisia e confusão intelectual. Confundem a crítica ao superado marxismo e ao defunto socialismo real, cujas lembranças ainda embalam alguns desvairados, com a rejeição a qualquer demanda de reforma social."
Quem desejar, pode ler texto na íntegra neste link
"O curioso é que eles se pretendem racionais, universalistas e sem ideologia. Só os seus adversários é que seriam ideológicos. A lei que comanda os ataques do trio mais reacionário da mídia brasileira é simples: se há movimento social, eles são contra. Sempre. Azevedo acredita que a corrupção nasceu com o PT. Magnoli jura que não existe "fronteira racial" na consciência dos brasileiros. Em nome de um pretenso universal, cuja existência concreta ainda não conseguiram demonstrar, os três investem contra esquerdismos estatizantes, cotas, multiculturalismo, sem-terra, sem-teto, sem-mídia, sem nada e principalmente contra toda tentativa de mexer nas cartas da sacrossanta ordem mundial do Deus mercado.
Na guerra santa que lideram contra o atraso de esquerda, praticam o atraso de direita sem qualquer pudor e com direito a boas doses de ingenuidade, hipocrisia e confusão intelectual. Confundem a crítica ao superado marxismo e ao defunto socialismo real, cujas lembranças ainda embalam alguns desvairados, com a rejeição a qualquer demanda de reforma social."
Quem desejar, pode ler texto na íntegra neste link
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