18 de maio de 2009

Uma questão de fé?


Semana passada assisti os últimos capítulos da quinta temporada de LOST. Já escrevi aqui no blog antes sobre o seriado, mais precisamente sobre o personagem Jack Shephard. Meu amigo Ricardo do blog Artigolândia também já publicou material sobre a série recentemente. Bom, hoje vou usar o seriado para falar um pouco sobre fé.

Os observadores mais atentos do seriado já devem ter percebido que o enredo da trama é permeado o tempo todo pela dicotomia entre fé X ciência, confiança nas pessoas X racionalidade de ações. Não por acaso, muitos dos nomes dos personagens fazem referência a grandes cientistas e pensadores (Faraday, Locke, Bakunin, Hume, Rousseau...), fora diversas analogias bíblicas (e a figura de "Jacob"). Ao longo das cinco temporadas, os “lostmaníacos” têm a oportunidade de acompanhar não só um seriado de suspense, mas também uma grande reflexão de como devemos nos comportar ante ao desconhecido. Os personagens estão sendo testados o tempo todo, tendo que tomar decisões baseadas na fé em algo que eles a princípio não compreendem, ou em um ceticismo pressupostamente “racional”. Além disso, percebem que cada decisão que tomam afeta não somente a eles próprios, mas a todos que estão a sua volta. Tal qual os flashbacks de atitudes passadas dos personagens revelam como a personalidade deles foi moldada até aquele momento.

Nessa quinta temporada, acho que a questão da fé como elemento de decisão do ser humano foi levada ao seu extremo de reflexão. Até onde a fé deve nos guiar? Será que a fé nas pessoas nos conduz à salvação ou à ruína? O que acontece quando nossas convicções na realidade estão nos cegando para a verdade? Realmente há um “propósito” em tudo que fazemos? Existe destino? Ele pode ser mudado? Isso é LOST...


(P.S. Para não ficar apenas no clima filosófico, aproveito para falar que LOST também tem seu lado de reflexão sobre as relações humanas. Eu acho brilhante a forma que os roteiristas da série conseguem conduzir questões como o coração partido do Jack, que está disposto a alterar o passado para não sofrer de amor no futuro, ou pelo contrário a vontade de Kate de não perder tudo o que viveu ali na ilha. Juliet perceber que “você amar e ser amado não significa que vocês vão ser felizes juntos”; O quadrado amoroso Jack-Kate-Sawyer- Juliet, com todas suas nuances, ao mesmo tempo que irrita, emociona... e faz pensar.)


(P.S. 2: para quem acompanha a série: ainda que Sawyer tenha sido o principal personagem dessa quinta temporada, eu continuo fã do Jack, apesar de todas as burradas que ele fez...)

Um comentário:

Arti, o Rico disse...

God!

Me diz uma vez que concordamos nas razões filosóficas! hahaha

Tchê, eu odeio, o Jack, por mim ele teria explodido no "incident". Por sinal, justamente ela, Juliet, foi ficar por lá, e o Saiyd! meus dois preferidos!


A Velha batalha, Bem x Mal! Lost!