Estou de volta à ativa. Depois de um breve descanso que de descanso não teve nada, mas tudo bem... hehe
Já faz algumas semanas que queria escrever este texto. Em um espaço de poucos dias assisti dois vídeos totalmente distintos quanto às mensagens que tentavam passar. “Sete vidas”, filme com Will Smith, e “Quem é John Galt”, uma montagem feita no youtube pelo Instituto John Galt a partir do trecho do livro de mesmo nome, de Ayn Rand. Comecemos por este último.
“John Galt” é um personagem de um livro que procura divulgar idéias do chamado objetivismo, filosofia proposta pela autora Ayn Raind. Resumidamente, as principais ideias que entendo serem as bases do que a autora sugere são:
- Cada homem é um fim em si mesmo e não um meio para o fim de outros homens. Deve existir em função de seus próprios propósitos, não se sacrificando por outros nem sacrificando outros por ele;
- Religião e ideias coletivistas são as verdadeiras causas da desgraça moral da Humanidade, e não a suposta ganância ou o individualismo contemporâneo.
- Não há mal nenhum em viver em busca somente da própria felicidade e sem se importar com os outros, desde que você teoricamente não cause mal a ninguém.
- Dinheiro e lucro não são um mal, e quem os possui, não importa em que escala, fez por merecê-lo (desde que honestamente), independente dos outros.
Acho que quem me conhece minimamente sabe que discordo veementemente da quase totalidade desses argumentos. Além de conter algumas inconsistências conceituais, o objetivismo de Ayn Raind ignora que não vivemos em uma sociedade justa e em igualdade de oportunidades. Mas para mim o pior dessa proposta é achar que o homem deve viver egoistamente para a própria felicidade. Muito diferente da mensagem do filme que assisti, e que cito a seguir.
Em “Sete Vidas”, Will Smith é um homem amargurado por ter matado, ainda que acidentalmente, sete pessoas em um desastre de carro, entre elas sua esposa. A partir daí, decide lançar-se em uma jornada de solidariedade para sete pessoas que demonstrassem merecer sua ajuda de forma incomum, o que culmina com um fim nem tão surpreendente, mas muito emocionante, onde Will Smith abre mão da própria vida (Como? Vejam o filme!) em função daqueles que deseja ajudar.
Boas reflexões. Devemos fazer o que é bom, o que é certo ou o que é justo? O que é certo nem sempre é bom? O que é bom, nem sempre é justo? O que é justo, nem sempre é certo? Egoísmo é uma questão de perspectiva? De quem?
Eu sempre achei, por formação e por convicção, que a igualdade entre os homens é ilusória, mas que a solidariedade, no sentido de entender a felicidade não como algo estritamente dependente da nossa individualidade, mas também das pessoas que nos rodeiam, tem que ser um objetivo a ser sonhado.
Meu pai tem uma frase: “Quem não vive para servir, não serve para viver”. Já vi essa frase ser muito mal compreendida e até criticada como “pequenez de espírito”. Quem tem um pouco de discernimento para ver que tal frase não é um incentivo ao “sacrifício pessoal” ou ao “coitadismo”, verá claramente que, na verdade, a “pequenez de espírito” está justamente em pensar ao contrário, em querer uma vidinha egoistamente feliz quando fechada na própria individualidade.
Já faz algumas semanas que queria escrever este texto. Em um espaço de poucos dias assisti dois vídeos totalmente distintos quanto às mensagens que tentavam passar. “Sete vidas”, filme com Will Smith, e “Quem é John Galt”, uma montagem feita no youtube pelo Instituto John Galt a partir do trecho do livro de mesmo nome, de Ayn Rand. Comecemos por este último.
“John Galt” é um personagem de um livro que procura divulgar idéias do chamado objetivismo, filosofia proposta pela autora Ayn Raind. Resumidamente, as principais ideias que entendo serem as bases do que a autora sugere são:
- Cada homem é um fim em si mesmo e não um meio para o fim de outros homens. Deve existir em função de seus próprios propósitos, não se sacrificando por outros nem sacrificando outros por ele;
- Religião e ideias coletivistas são as verdadeiras causas da desgraça moral da Humanidade, e não a suposta ganância ou o individualismo contemporâneo.
- Não há mal nenhum em viver em busca somente da própria felicidade e sem se importar com os outros, desde que você teoricamente não cause mal a ninguém.
- Dinheiro e lucro não são um mal, e quem os possui, não importa em que escala, fez por merecê-lo (desde que honestamente), independente dos outros.
Acho que quem me conhece minimamente sabe que discordo veementemente da quase totalidade desses argumentos. Além de conter algumas inconsistências conceituais, o objetivismo de Ayn Raind ignora que não vivemos em uma sociedade justa e em igualdade de oportunidades. Mas para mim o pior dessa proposta é achar que o homem deve viver egoistamente para a própria felicidade. Muito diferente da mensagem do filme que assisti, e que cito a seguir.
Em “Sete Vidas”, Will Smith é um homem amargurado por ter matado, ainda que acidentalmente, sete pessoas em um desastre de carro, entre elas sua esposa. A partir daí, decide lançar-se em uma jornada de solidariedade para sete pessoas que demonstrassem merecer sua ajuda de forma incomum, o que culmina com um fim nem tão surpreendente, mas muito emocionante, onde Will Smith abre mão da própria vida (Como? Vejam o filme!) em função daqueles que deseja ajudar.
Boas reflexões. Devemos fazer o que é bom, o que é certo ou o que é justo? O que é certo nem sempre é bom? O que é bom, nem sempre é justo? O que é justo, nem sempre é certo? Egoísmo é uma questão de perspectiva? De quem?
Eu sempre achei, por formação e por convicção, que a igualdade entre os homens é ilusória, mas que a solidariedade, no sentido de entender a felicidade não como algo estritamente dependente da nossa individualidade, mas também das pessoas que nos rodeiam, tem que ser um objetivo a ser sonhado.
Meu pai tem uma frase: “Quem não vive para servir, não serve para viver”. Já vi essa frase ser muito mal compreendida e até criticada como “pequenez de espírito”. Quem tem um pouco de discernimento para ver que tal frase não é um incentivo ao “sacrifício pessoal” ou ao “coitadismo”, verá claramente que, na verdade, a “pequenez de espírito” está justamente em pensar ao contrário, em querer uma vidinha egoistamente feliz quando fechada na própria individualidade.
Um comentário:
Dani!
Adoro teus textos, eles me fazem refletir sobre coisas que às vezes passam despercebidas. E as histórias são muito divertidas e bem escritas, consigo imaginar as cenas....
Parabéns! Abraço!
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