15 de fevereiro de 2009

Once upon a time

Originalmente publicado em 21/10/2008
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Este texto é uma obra de ficção. Não foi retirada de nenhuma revista água com açúcar, acreditem. Qualquer semelhança dos fatos aqui descritos com a vida real é mera coincidência. Tampouco os fatos aqui têm outras intenções que não as de contar uma bela história que podia ser realidade. Aliás, se fosse realidade, seria de fato uma bela história, por sinal...

Era uma vez uma princesa linda que havia deixado de sonhar. Por que motivo ela havia deixado de sonhar, não se sabe. Talvez ela tivesse sido involuntariamente convencida que precisava apagar a luz tão grande que possuía para seguir em frente com os sonhos que ela pensava estavam reservados para ela. Ou então tentaram fazê-la acreditar que certos sonhos não podem ser sonhados. A verdade é que ela havia parado de sonhar. Sonhar os sonhos lindos que pessoas como ela merecem ver tornar-se realidade.

Um dia, então, entre suspiros de resignação e melancolia, ela encontrou um cavaleiro sem graça, que falava sem parar e gesticulava como o típico guerreiro veneziano que era. A princesa nunca deixara nenhum cavaleiro estranho aproximar-se dela, mas, de alguma forma, aquele homem atrapalhado conquistou, pouco a pouco, sua confiança. E foi ele que teve coragem de lhe perguntar por que ela havia parado de sonhar. E, mais que isso, passou a mostrar à bela princesa que tornar o mundo dos sonhos realidade é possível. Mostrou-lhe os campos floridos nos arredores do sul do reino, o pôr-do-sol além do lago, os aromas e sabores que a vida possuía.

Então ela se deu conta da sua condição de linda princesa. E passou a sonhar novamente.

A princesa lembrava, contudo, do cavaleiro Pardo que vivia próximo aos grandes castelos de pedra do centro do Reino, a quem estava prometida há anos. Aconteceu que o cavaleiro Pardo passou a perceber que sua prometida estava distanciando-se dele. Mandou então seus servos enviarem grandes flores coloridas para a princesa, e mandou as entregar justamente próximo da aldeia onde o cavaleiro veneziano vivia. Avisada do presente quando ainda passeava pelos campos com o cavaleiro veneziano, ela retornou com ele para a aldeia e lá recebeu as flores. Correu então, confusa e envergonhada, de volta até seu Castelo. Vendo aquilo, o cavaleiro veneziano não pensou duas vezes. Selou seu cavalo e correu ao encontro da princesa, de onde gritou por seu nome ao chegar. Quando a princesa abriu as portas do castelo, ele não teve dúvidas: beijou-a como nunca havia antes a beijado, nem a nenhuma outra pessoa em toda a sua vida. E assim continuou beijando-a enquanto subiam todas as escadas do castelo até chegar à parte onde a princesa morava. Lá, tomando-a novamente nos braços, olhou-a fixamente nos olhos e disse:

- “Eu conheci uma linda princesa de olhos tristes que havia deixado de sonhar. No início nada mais queria que não simplesmente ajudá-la a devolver a alegria de viver, assim como outros de seus queridos amigos e amigas procuravam fazer aqui neste canto perdido do reino. Mas me encantei com esse brilho no olhar, esse sorriso de menina que esconde alguém tão especial por trás. E eu quero que você continue a acreditar que sonhar é bom. Eu quero você, princesa, eu vou te ter para mim.”

E a história continuou, belamente. Mas o resto dela fica para um próximo post. Aguardem.

Um comentário:

iza disse...

dani.. você é que nem.. aquela musica.. do rei.. " eu sou um amante.. a moda.. antiga.. que ainda manda flores.. e bilhetes.. ao londo do dia.."
esse texto trouxe.. toda a magia.. do romantismo.. á tona.. hihih